Por que países que não têm acordos comerciais com o Brasil também exigem a emissão do Certificado de Origem?
Você sabia que o certificado de origem obrigatório é exigido mesmo por países que não possuem acordos comerciais com o Brasil? Isso ocorre devido às regras estabelecidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC), que visam padronizar e facilitar o comércio internacional.
Em 1995, os países membros da OMC firmaram o Acordo sobre Regras de Origem, que define critérios para identificar o país de origem de uma mercadoria. Desde então, todos os países que aderem à OMC aceitam essas normas.
As regras de origem se dividem em dois tipos:
Regras de origem preferenciais
Aplicam-se em acordos comerciais que concedem tratamento tarifário especial a determinadas mercadorias. Para obter esse benefício, a mercadoria deve atender aos critérios de origem estabelecidos no acordo.
Regras de origem não preferenciais
São leis e regulamentos de aplicação geral, usados para identificar o país de origem de uma mercadoria fora de acordos preferenciais. Todos os países-membros da OMC aceitaram essas regras para harmonizar o comércio internacional.
Para que servem as regras de origem?
- Desenvolver normas claras e previsíveis;
- Facilitar o comércio internacional;
- Garantir transparência nas práticas comerciais;
- Assegurar aplicação imparcial e consistente;
- Resolver disputas comerciais de forma justa;
- Apoiar medidas de defesa comercial;
- Elaborar estatísticas comerciais confiáveis.
Mesmo sem acordos comerciais preferenciais com o Brasil, países membros da OMC exigem o certificado de origem obrigatório com base nas regras não preferenciais. Esse documento é essencial para garantir a legalidade das transações, prevenir fraudes e assegurar um comércio justo e estruturado.
Além disso, o certificado contribui para a aplicação transparente das normas comerciais e para a elaboração de estatísticas precisas.
Por Solange Mohr Trindade
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