No dia 20/11, o presidente americano revogou as tarifas adicionais de 50% aplicadas ao Brasil sobre 238 produtos. Com essa medida, a sobretaxa de 40% deixa de vigorar de forma retroativa a partir de 13 de novembro. Isso significa que a retirada da tarifa vale para mercadorias que chegaram aos Estados Unidos desde essa data, mesmo que tenham sido registradas ou cobradas antes da publicação oficial da decisão.
No momento, a revogação beneficia principalmente produtos agrícolas, como café, carne bovina e frutas. Contudo, as tarifas elevadas continuam impactando fortemente a indústria, já que os produtos manufaturados permanecem sujeitos à taxa de 40%.
Segundo o governo americano, a decisão foi motivada pelo avanço nas negociações com o Brasil e pela necessidade de atender à demanda interna.
Esse episódio demonstra que, apesar das tensões, existe um princípio de estabilidade no comércio internacional: medidas radicais e sem justificativas sólidas tendem a ser revistas. É evidente que tais políticas afetam a economia global e geram prejuízos para todos os envolvidos. Ainda assim, a racionalidade prevaleceu.
Durante esse período desafiador, muitos exportadores brasileiros foram obrigados a buscar novos mercados, saindo de sua zona de conforto. Para o Brasil, fica uma lição importante: somos capazes de diversificar nossos parceiros comerciais e, quando seguimos o caminho correto, a razão acaba por se impor e prevalecer.
Por Solange Trindade




